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Atrasos na AIMA. Governo anuncia alargamento de horários e reforço de equipas para responder às longas filas


Imigrantes junto à AIMA, Agência para a Integração Migrações e Asilo
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, anunciou esta quinta-feira que o Governo decidiu alargar imediatamente os horários de funcionamento dos serviços da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), além de reforçar as equipas em Lisboa e no Porto, numa tentativa de aliviar o caos vivido nos últimos dias, com longas filas de imigrantes nas instalações do Porto, à procura de conseguirem a regularização da sua situação.

Em declarações feitas aos jornalistas, Rangel reconheceu que milhares de imigrantes têm enfrentado grandes dificuldades, incluindo a necessidade de pernoitar à porta das instalações da AIMA. “A agência de Lisboa esteve praticamente uma semana encerrada, o que fez com que muitos utentes se deslocassem para o Porto, criando uma sobrecarga evidente”, explicou o ministro, em declarações reproduzidas pela SIC Notícias.

Outro fator apontado por Rangel é o de que "alguns países como o Nepal e Angola não reconhecem automaticamente os certificados dos seus cidadãos, o que obriga estas pessoas a comparecerem fisicamente nas instalações da AIMA”, agravando ainda mais a procura pelos serviços.

Em resposta, o Governo determinou então o reforço das equipas de atendimento nas agências de Lisboa e Porto, e a extensão dos horários de funcionamento, com efeitos já a partir desta quinta-feira. Rangel assegurou que “a mudança será substancial”, embora não tenha especificado os novos horários.

“Não vai ficar tudo resolvido de um dia para o outro”, advertiu o ministro, garantindo que o objetivo é conter o pico de afluência e estabilizar os serviços nos próximos dias.

Rangel procurou ainda tranquilizar as comunidades imigrantes em Portugal: “Ninguém vai perder os seus direitos”, garantiu, acrescentando que o Governo está a tomar medidas para assegurar que nenhum cidadão seja prejudicado pelos atrasos no atendimento.

O ministro afirmou ainda estar em contacto direto com o ministro da Presidência para acompanhar a situação.

Em causa a verificação do registo criminal

O recente caos nos serviços da AIMA deve-se, em parte, ao encerramento temporário da Direção-Geral dos Assuntos Consulares em Lisboa devido à operação “Gambérria”, o que levou centenas de imigrantes a deslocarem-se ao Porto para autenticar o registo criminal a tempo.

A situação agravou-se com a revogação, em fevereiro, do regime que dispensava essa autenticação para cidadãos de países de língua portuguesa, que agora estão a ser notificados para regularizar a sua situação.

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