Nos últimos dias, informações alarmantes começaram a circular nas redes sociais envolvendo o presidente interino de Burkina Faso, Capitão Ibrahim Traoré. De acordo com diversas publicações em plataformas como Facebook, Instagram, TikTok e YouTube, um grupo de cinco guardas de sua segurança pessoal teria sido alvo de uma proposta de suborno no valor de US$ 5 milhões para assassiná-lo.
As alegações, que rapidamente ganharam repercussão online, sugerem que os cinco agentes recusaram a oferta milionária e permaneceram leais ao presidente. Apesar da ampla circulação das informações, até o momento, não há confirmação oficial por parte das autoridades de Burkina Faso, nem por veículos de imprensa tradicionais internacionalmente reconhecidos.
As publicações viralizadas não fornecem detalhes adicionais como a origem da oferta ou os responsáveis pela tentativa de suborno. Isso levanta dúvidas quanto à veracidade dos relatos, reforçando a necessidade de cautela ao se consumir e compartilhar esse tipo de informação sensível.
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No dia 16 de abril de 2025, o governo de Burkina Faso anunciou ter frustrado uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente interino, Capitão Ibrahim Traoré. Segundo o Ministro da Segurança, Mahamadou Sana, o plano envolvia um assalto ao palácio presidencial, com o apoio de soldados recrutados por forças opositoras para "semear o caos total" e colocar o país sob tutela internacional, conforme relatado pelo portal Brasil de Fato.
De acordo com as autoridades burquinenses, os principais articuladores do golpe seriam o comandante Joanny Compaoré e o tenente Abdramane Barry, ambos desertores refugiados na Costa do Marfim, ainda segundo informações publicadas pelo Brasil de Fato.
O complô foi descoberto após a interceptação de mensagens trocadas entre um oficial militar de Burkina Faso e líderes de grupos terroristas, nas quais eram reveladas posições estratégicas das forças de defesa, como detalhado também pelo Brasil de Fato.
Ainda conforme informações da agência Prensa Latina, entre os militares presos estão o juiz militar Frédéric Ouédraogo e o capitão Élysée Tassembedo, acusados de participação direta na conspiração.
Burkina Faso vive um período de instabilidade política desde 2022, quando Ibrahim Traoré assumiu o poder após um golpe militar. Desde então, sua liderança tem sido marcada tanto pelo fortalecimento militar contra insurgências jihadistas quanto por um discurso fortemente nacionalista, o que, segundo analistas, pode ter aumentado o número de seus inimigos internos e externos.
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